sábado, 23 de agosto de 2008
Especialização em Geografia
Para obter mais informações acesse:
http://www.ucs.br/ucs/posgraduacao/latosensu/caxiasdosul/geografia_espaco/apresentacao
sábado, 16 de agosto de 2008
Cidadania e Direitos Humanos
O professor Paulo E. Pappen, da EMEF Tancredo Neves, preocupado com a realidade e as perspectivas de seus alunos, desenvolveu um projeto de valorização da vida e respeito às diferenças. Segue o relato do professor:
"A partir do estudo sobre afro-descendentes e suas constribuições com a sociedade brasileira, tentei mobilizar os alunos da sexta série para, entre outras coisas, se perceberem como brasileiros, filhos e herdeiros de uma misicigenação cultural, física e religiosa ainda em formação. Identificamos o mapa do continente africano, destacando os países de onde saiu a mão-de-obra escrava para o Brasil. Construímos uma árvore genealógica até a ramificação dos avós. Lembramos alguns temperos, pratos, rituais e crenças religiosas. Comentamos sobre a capoeira e sobre a discriminação racial e econômica ainda presente entre nós. Questionei os contrastes regionais, os estereótipos, revisitando temas como escrevidão e lutas pela liberdade, até chegar aos dias atuais, ao tema Cidadania. Nas aulas de ensino religioso, houve certa continuidade desses temas: diversidade, drogas, educação, cultura, trabalho, participação, família, cidades e territórios, que são "bandeiras" levantadas pelos jovens de hoje e que tocam nossos alunos nas conversas de rua e de esquina. Em sala de aula, eu pretendia sair do senso comum e desenvolver a habilidade de opinar. Quem tem opinião, raciocina, pensa, busca mais informações e mobiliza forças em seu interior que poderão fazê-lo mudar. Faz isso quando está sozinho, confrontado ou em situações de discriminação, como mostra a aluna Marciele em seu poema:".
A MARCA DE UMA LÁGRIMA (Marciele, turma 64)
Era metade de mim.
Era pedaço inocente.
Pois eu era quase nada
E pensava que era gente.
Antes de ti
Eu nem sabia sequer.
Fui metade de mim mesma.
Fui pedaço de mulher.
Hoje sou ré, sou culpada.
Sou o sul e sou o norte.
Confesso o meu crime de vida:
Dar luz em vez de morte.
A seguir, veja algumas produções dos alunos: