quarta-feira, 30 de abril de 2008

SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Provérbios são frases que expressam valores morais e éticos de determinados povos ou culturas.


Abaixo estão relacionados alguns provérbios africanos para você analisar, considerando os seus valores.


“Todo o maldoso é um ignorante que se ilude”
“A mentira é como a areia: parece macia quando nos deitamos nela, mas dura quando nos levantamos”
“Se andas na escuridão, acabarás por te ferir nas urtigas”
“A Lua é coisa pouca, mas sem ela o mundo estaria incompleto”
“Não menosprezes a tartaruga pela sua humildade, pode ser que amanhã ela te guie”


1) Relate uma situação real que você presenciou ou vivenciou que esteja relacionada a um dos provérbios acima mencionados;
2) Faça um levantamento dos provérbios conhecidos pelos seus familiares;
3) Em qual desses provérbios você acredita mais? Justifique.
Sugestão apresentada por freqüentador do Blog:
Pesquise em que situações esses provérbios eram utilizados e com que objetivos. Ilustre-os e relacione-os a outros de sentido semelhante.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Os grupos africanos que chegaram ao Brasil, como mão-de-obra escrava, trouxeram consigo inúmeros conhecimentos e práticas, que vão além do trabalho doméstico e na lavoura. A esses grupos devemos as contribuições nas áreas artística, linguística, religiosa e tecnológica. Nesta última destaca-se a produção de cerâmica e conhecimentos avançados na área da metalurgia (ferro).


Acesse o texto que apresenta mais essa valiosa contribuição dos negros para a economia do Brasil: http://www.multirio.rj.gov.br/portal/area.asp?box=N%F3s+da+Escola&area=Opini%E3o&objeto=opiniao&id=66689


Trabalhe o texto com os alunos e proponha a seguinte atividade:


1) Caxias do Sul é reconhecida como o principal pólo metal-mecânico do RS. Como essa “tradição metalúrgica” se originou?Como podemos estar divulgando a contribuição dos negros para a metalurgia, em nossa cidade? Pense numa forma criativa e relate para os colegas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Dinâmica


-Confeccionar bonecos de etnias diferentes com rolos de papel higiênico;
-Enfeitar caixas com os bonecos (cada caixa deverá ter apenas uma etnia);
-Cada caixa deve conter uma mensagem ou perguntas, tais como: onde você guarda o seu preconceito?, por que a maioria dos protagonistas das novelas são brancos?, por que a lei de cotas foi criada?, entre outras;
-Passar as caixas, cada um lê as perguntas e as guarda novamente;
-Realizar um debate aboedando as questões das caixas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES




Sequência didática a partir do livro “Menina bonita do laço de fita”

1) Apresentar a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro;
2) Pedir às crianças que dêem um título à história ouvida, escrevendo as sugestões apresentadas;
3) Falar sobre a autora e fazer referências às suas outras obras;
4) Comparar os títulos sugeridos ao original e questionar o que eles acharam do título dado pela autora. De qual nome eles gostaram mais e a partir disso, mostrar às crianças que nem sempre temos a mesma opinião, mas que é importante que se aprenda a respeitar todas as opiniões;
5) Mostrar a capa para os alunos, fazendo questionamentos sobre a ilustração: A cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da menina, como é o olhar o coelho, qie sentimento ele expressa, ...;
6) Ler o livro para os alunos, parando em cada página e mostrando as imagens e destacando as palavras e expressões que valorizam a menina: “Ëra uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feitos fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva”. Os adjetivos além de evocar os aspectos positivos e a beleza natural da menina, aguçam o imaginário infantil e eleva a auto-estima. Perguntar aos alunos se eles têm idéia de por que o coelho quer ter a cor da pele da menina? Salientar que, além de bonita, a menina é muito esperta e criativa pois sempre tem uma solução para o coelho. Outro questionamento que pode ser feito é sobre a aparência da mãe.
7) Aproveitar a descoberta do coelho “sobre com quem a gente se parece” e perguntar aos alunos com quem eles acham que se parecem. Esse questionamento pode levar a outras atividades:
a) Entrevistar pais para saber com quem se parecem e apresentar os resultados. Por exemplo: minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas meus cabelos e a minha boca são como os da minha avó;
b) Os alunos, em duplas, fazem o retrato do seu colega;
c) Com o retrato em mãos, o aluno irá apontar com quem se parece: usar as respostas da entrevista da letra “a”. Poderá utilizar setas ou utilizar uma legenda;
8) Pedir para as crianças que desenhem:
a) A menina do laço de fita e a mãe;
b) O coelho e sua nova família;
c) Suas famílias.
9) Organizar uma roda de conversas e reler o trecho: “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava: -Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela”. Questionar:
a) O que é ser bonito?
b) Quais são os padrões de beleza presentes no livro?
c) O que é preciso para ser bonito?
d) O que aconteceria se existissem um único padrão de beleza?
Ressaltar a importância das diferenças.
· Outra sugestão de trabalho com essa obra está no site:
www.grubas.com.br/.../bolandoAula/65/5.%20Trabalhando%20a%20consciência%20negra%20desde%20cedo.doc

SUGESTÕES DE ATIVIDADES


As atividades propostas foram adaptadas dos roteiros escritos pelas professoras Gabriela Amaral, com consultoria da professora Maria Aparecida Bento.

“A publicidade, os filmes do cinema, as novelas da TV, a literatura, as histórias em quadrinhos ... São muitos os canais que bombardeiam nas nossas cabeças. A idéia de ser branco é sinônimo de riqueza, beleza, inteligência, sucesso. Claro que hoje já conseguimos perceber um crescimento de exemplos positivos do negro na mídia, mas estas iniciativas, embora válidas ainda são minoria.
(...) Na construção de um imaginário positivo para os brancos e de um imaginário negativo para os negros se manifesta muito mais do que a gente imagina, com grande impacto para a auto-estima de negros e brancos e para a convivência de todos. Agora, imagina quando estas informações chegam quando as pessoas ainda estão em fase de formação ...”

· Trabalho com o imagináriodo branco e do negro:

1) Selecione uma quantidade de recortes de pessoas brancas e negras em diversas situações de vida e de trabalho;
2) Na mesma quantidade selecione imagens de casas de alto, médio e baixo padrão;
3) Distribua as mesmas figuras (pessoas/casas) aos alunos, divididos em grupos de no máximo quatro integrantes, e peça que “liguem os pontos”, ou seja, diga quem, na opinião deles, moraria em qual casa. Proponha que discutam primeiramente dentro do grupo e, em seguida, com toda a classe.

· Peça para os alunos trazerem fotos/imagens de seus ídolos. Em grupos peçam para eles montarem murais com essas imagens, escrevendo o porquê dessa escolha. Num segundo momento verifiquem com eles se estão presentes personalidades negras, indígenas, orientais e brancos. Promova um debate orientado pelos seguintes questionamentos:

1) Em que proporção cada uma dessas etnias aparece?
2) Em qual área/profissão se destacam?
3) Por que isso acontece?

SUGESTÕES DE ATIVIDADES





Análise de pinturas do artista francês Debret

1) Antecipação de leitura:
- Quando falamos sobre o trabalho dos africanos no Brasil o que lhe vem como idéia principal?
- Será que eles poderiam ter exercido outras funções?
- Quais seriam na sua opinião? Por que você pensa isso?

2) Apresentar as gravuras acima (pode ser em forma de quebra-cabeça)
3) Identificar as atividades exercidas por negros nas figuras;

4) Selecionar fotos ou imagens atuais que apresentem negros em diversas atividades;

5) Relacionar as imagens atuais às gravuras de Debret estabelecendo semelhanças e diferenças;

6) Imagine que você é um publicitário e foi contratado, por uma ONG, para criar uma propaganda que promova a igualdade de oportunidades no trabalho para negros e brancos. Use sua criatividade e mostre do que é capaz.



sábado, 26 de abril de 2008

Diversidade étnico-cultural: construção do aprendizado e da auto-estima

Segundo o professor e antropólogo Kabengele Munanga, titular do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, uma grande parte dos livros didáticos de História "falam do papel do negro no Brasil como escravo, mas não mostram sua participação concreta na sociedade brasileira, seu espaço na economia. O negro não trabalhou só nas plantações. Trabalhou nas artes, na mineração. Aliás, foram os negros que ensinaram aos portugueses as técnicas de mineração." Mostrar e focar somente a imagem negativa em nada contribui para a formação de uma identidade nacional pois, "a criança precisa aprender na escola como os portugueses, os japoneses, os negros contribuíram para o desenvolvimento do país. E que nenhuma dessas contribuições é melhor do que a outra". Além da questão da identidade, sabe-se também que a imagem negativa incide diretamente na auto-estima da criança. Todos esses aspectos, aliados ao despreparo do professor em lidar com a questão da diversidade e com a situação social das crianças, podem levar a dificuldades de aprendizagem, gerando a repetência e a evasão escolar.

Leia a entrevista no site:
http://www2.uol.com.br/simbolo/raca/1000/entrevista03.htm


Nesse sentido, como podemos propor situações em sala de aula que promovam o aprendizado e a auto-estima dos alunos?

A Revista Escola, ed. 177, 2004, na matéria "Educação não tem cor", traz algumas atitudes positivas e aspectos a serem revistos com relação ao trabalho da cultura negra em sala de aula:
REVISTO:
- Abordar a história dos negros a partir da escravidão.
- Apresentar o continente africano cheio de estereótipos, como o exotismo dos animais selvagens, a miséria e as doenças, como a Aids.
- Pensar que o trabalho sobre a questão racial deve ser feito somente por professores negros para alunos negros.Acreditar no mito da democracia racial.

POSITIVO:
- Aprofundar-se nas causas e conseqüências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a história da África antes da escravidão.
- Enfocar as contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo negro.
- A questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos.
- Reconhecer a existência do racismo no Brasil e a necessidade de valorização e respeito aos negros e à cultura africana.


Convidamos você a divulgar neste blog sugestões de práticas que contemplem a valorização da cultura negra.